segunda-feira, 30 de maio de 2011

Confusões em Cena

Como me perco? Lá vou eu em pensamentos.
Dê-me a deixa e viajo num personagem. Consigo passar o dia mergulhada em risos, por vezes falsos, mas também sinceros. Silêncio, sarro e mexerico...o trabalho.
Encenações necessárias? Sim, para não ser aniquilado pelo mundo, essa é uma das regras de sobrevivência.
Conviver entre farsas, comédias, dramas e romances...jogos de cenas.
Percepções e dissimulações. Mostrar ao outro aquilo que você quer que ele veja em você, mas não necessariamente o que se é.
A arte de representar diariamente. Fingir ser forte quando se está frágil.
Tramas malignas. Fingir ser amigo e armar a cama de gato.
Ah! Essas regras de convivência que sempre me soam com grande incoerência.
Somos testados e filmados frequentemente, câmeras para todos os lados. Vamos atuar! Ser o que hoje? Hoje  sou a vilã, sou a ingênua, sou a sexy, sou a piriguete, sou a burra, sou a inteligente, sou a bruxa. O que eu sou? Rótulos? Caricaturas? Sou a sociedade, A Carrasca, então, vamos aos julgamentos, lá vem o Inquisidor. Testemnhos falsos ou verdadeiros, o que mais lhe convier.
Estamos num mundo de encenações tão confusas, a cada dia criando histórias, sejam tediosas ou emocionantes, quiçá falsas.
Mortais num palco representando, num tablado dançando ou num picadeiro brincando. Somos dominados pelo Diretor/Ditador das regras.Somos o médico e o monstro em eterno conflito.