A minha companheira solidão,
Junto a mim desde que nasci.
Essa que me larga não!
É ela quem ouve os meus tormentos,
Sabe dos meus anseios.
Agüenta os meus xingamentos!
Conhece os meus prazeres.
Sente os meus suspiros,
Sabe dos meus afazeres,
Cala-se perante os meus erros.
Perturba-me na escuridão!
Seria a voz de minha consciência?
Sempre junto a mim.
A solidão que não me abandona,
Somente ela me ouve no silêncio,
Sozinha em meu quarto,
Ou em companhia dela na multidão.
Somos um casal perfeito.
Com ela converso o tempo inteiro.
Sabe dos meus sonhos e pesadelos,
Correndo e caminhando...
Sente a minha transpiração ao soL,
E no cansaço me pede a parada.
Comigo descansa na sombra ...
Juntas ao frio concreto de inverno.
Forma de amor: eu e solidão.
Talvez seja a minha maior Musa.
É ela quem me inspira na dor.