domingo, 13 de setembro de 2015

Não me diga nada

Não quero ouvir,
Não quero ler,
Tudo aquilo que não me diz nada.
Não me venha com a sua ideologia. 
Tudo aquilo que não me traz nada.
Não me venha com a sua religião, 
Tudo aquilo que não me conforta em nada.
Não me venha com a sua graça, 
Tudo aquilo que me joga pro nada.
Não me venha com os seus elogios,
Tudo aquilo que me torna um nada.
Não me venha com o seu enredo,
Tudo aquilo que se traduz em nada.
Não me venha trazer a sua paz,
Tudo aquilo que me leva ao nada.
Não me venha com o seu prazer,
Tudo aquilo que sinto é o nada.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Sou só tristeza

Um dia e mais um dia, e outros dias que finjo serem de alegria.
Em maioria são tristezas, de alegrias apenas as fantasias.
E a cada dia nas pessoas eu menos confio.
Eu me desafio a permanecer viva, mas de verdade sinto-me morta.
Ainda me questiono por que cá ainda estou. 
Imagino-me de algumas maneiras mortas.
Não vejo sentido em minha existência.
Quando estou ao vento torço para que ele me leve e não me traga mais de volta.