A desconfiança de Dom o Casmurro apaixonado, a dúvida que o envolvia uma certeza seria. Ela o traíra! A sua visão torpe estaria Somente o que via, Era o olhar dissimulado Capitu, sua amada perfeita e dissimulada. Ela o atiçava e como o prendia O ciúmes o enredava Que sentimento? Maldito ressentimento que daquela mulher sentia Ela que se tornara A sua obsessão. Um tormento de paixão! Ah! O que Bentinho queria ela só sua como na infância. A velha lembrança do beijo mas isso, não mais poderia o egoísmo o cegara, em loucura se transformara, os fantasmas o dominara. Aqueles olhos de ressaca, os cabelos em trança, envoltos na fita vermelha, ele que a penteara, aquela cigana oblíqua, o penteado desmanchara, a pureza que tempos depois o seu amor matara. A traição de Capitolina e Escobar só em sua mente se concretizava O amigo a seduzira. Ou o contrário seria? A amada se fora. E a certeza do adultério para sempre o atormentaria.
Ora quem me olha Aquela que passa que chega e pirraça e me deixa sem graça um ser inocente? é essa a menina de um olhar penetrante que só ela tem se recolhe em timidez e envolve, e cerca, e amarra com força e altivez É essa a mulher que rouba a noite se transforma em Lua e domina a cena vem e dança, em meio as estrelas Uma dama da noite. Vestida em rubro com um olhar abrasador que vem e me queima em luz de fogo. Oh! Esses seus olhos Aqueles tão vermelhos que enganam, que inflamam Puros ou não... De que me importa? Só quero sentir a brasa. Que neles existe e são só seus.
Mulata faceira, vem e procura... encanta a feiticeira A nós mortais atormenta o que deseja essa mulher brejeira? causando fascínio lançando-se lânguida lá vem ela...requebrando as cadeiras a pele de jambo reluz cheirando a primavera Ora pois, quem me dera estar sempre eu a seu lado Fico a contemplar a flor Sabes como vir ao meu juízo, cá estou eu perdido um navegante sem rumo sei agora somente navegar no mar negro do teu olhar Vejo em tuas curvas grandes tempestades, Nas quais jamais temerei em me lançar. Ah! Essa mulata lampeira Sabe como ninguém enredar envolvo-me em teu cheiro quero sentir o teu beijo Correrei grandes riscos Desejo-te em minhas preces Serei o que tu quiseres.
A parte, olho, beleza intrigante o azul incomparável, quão fascinante. Vislumbro o encontro daquele céu, daquele mar. O azul mais belo ali está, encontram-se e fundem-se. O azul infinito que em mais nenhum lugar existe, horas passo a admirar, distante do cinza triste, sem nada a pensar. Naquela imensidão a navegar, pensamento a voar. Sou um grão a mergulhar, naquele céu, naquele mar, vem a me encantar. Nada mais importa... deixo o azul me arrebatar.
Lá vai João buscar o barro formar o ninho vem de mansinho não pára incansável... cuida de sua fêmea o macho admirável o seu olhar é pra ela o seu canto, as suas asas, o seu encanto, o seu carinho, o seu aconchego, o seu ninho ... é tudo somente dela Sem palavras a demonstrar a mais perfeita forma de amar.