Uma existência marcante, uma outra quase imperceptível, cada um tem seu momento, um parecer inesquecível. Não existe páginas em branco, seja um milionário, um mendigo, ou um solitário. Seja uma passagem curta, porém intensa, Uma vivência longa, porém sem sustos, amena. Cada um faz sua aventura traça a sua vida, ou é levado por ela, teremos algum dia uma desventura. Aquele eremita, tão estranho, tão só, em meio a natureza. Só também se é em meio a multidão que nos cerca, mas o eremita fez a sua escolha e naquela “solidão” com ele a sua paz, felicidade esteja. E talvez aquele na multidão, esteja ali porque foi jogado, pelo mundo foi tragado, um malandro, um trabalhador, um bêbado, um jogador, um viciado, Cada um tem o seu significado, pela sociedade o ser é qualificado, o humano dever ser estereotipado. Nada passa em branco. Escolhas ou não que fazemos, Erros e acertos... E somente com o tempo percebemos que nada pode ser apagado.
Ganhos e perdas, Uma vida feita de jogos, Cartas marcadas. Conquistas e comprometimentos, ao final de um ciclo... Desalentos. Emoções que do nada surgem, aquele raio que traz a luz, como um anjo te conduz, mas por fim te destrói, é dor, E é final da chama, não há quem te ama. Sim agora carregue a cruz! Estar no calvário, Vivenciar, uma paixão que aflora, cresce e desabrocha, após a conquista o alguém te ignora. Cuidado ao cativar, uma ilusão se cria e quando se está só o peito chora Ledo engano o esperar, aquele que irá chegar, te tocar, parecer amar, surgir e partir.
É esse o rosto...lá distante, intrigante e envolvente, De repente na luz de mansinho chega o todo. Cerca e me toma, Suga o meu ar, leva a minha fala, atenta o meu ouvido, arrepia a minha nuca. Sem consentimento invade o meu corpo, bombeia o meu sangue, esmaga o meu fígado, tonteia as minhas pernas, levita os meus pés, confunde a minha mente, arrebata a minha boca, chega ao meu ventre, penetra o meu íntimo. Com fúria e suavidade carrega a minh'alma, enlaça os meus braços. O medo por vezes repulsa, mas o meu coração pulsa e “impulsa” bate coordenadamente ligeiro e me arremete sem nexo num descompasso marcado, num batuque que faz um sonoro prazer de um amor, de um coração, de um gozo, de um viver.