Ah! Esse olhar que me desconcerta, Ele penetra e me descobre, De um jeito que desnuda Por vezes me encabula Parece desvendar meus segredos...
Chega a refletir minh'alma, deseja os mistérios do meu corpo. Sinto o que há em você somente no olhar... Tentar desviar...impossível
Esse brilho que me intimida O que você quer de mim? -Não me olhe assim... Um olhar que me beija e me desconcentra...
Esses olhos que me matam, tenho medo, mas deixo que me levem, Fazem eu ter a visão do paraíso. Fascina-me esse seu poder de conseguir tirar o meu juízo...
Às vezes é melhor estar só do que estar ao lado de alguém e sentir-se só duas vezes. Perceber o olhar do outro e somente ver o desejo. Um prazer que se tem e vai Ele se vai, sente-se o oco O vazio que contamina Após o saciamento Sinto o asco de mim. O olhar de desejo termina, Não ser apenas isso. Olhar dentro do outro e sentir que existe carinho. Não ser um objeto, Não ser um confessionário, Não ser um adereço. Sentir tão somente a alma. O corpo está ali, aqui... Mas e a alma? Quando se está no vazio é para longe que vai. Parte-se naquele momento. E o corpo permanece estático, sozinho e desfalecido. A alma vaga a procura do corpo, aquele que parece estar morto, buscando forças para procurar a vida.
Talvez momentos, um minuto de paz, outro de guerra, tão sem nexo, complexos, Impulso, tempestade, Choros e risos, Insegurança, esperança, Dança e perserverança. Maturidade e insanidade. Malícia e ingenuidade. Ciúmes e marra... Soltar as minhas amarras, mostrar as minhas garras. Passos e tropeços, Subidas e quedas. Viajante pensante, Manhã manhosa Dia estressante Noite dengosa. Estado zen, Estado neurose A jogada da vida Amor e temor Fanatismo e egoísmo Andando e vagando... Frustração e distração, tudo confunde dane-se o tudo o tudo se funde... um nada no mundo, um sopro no vento e um grão solto no ar. Sou apenas um nome Então me chame... A Ana, A Paula, A Doidivanas.