
Tão longas essas noites frias,
vêem e parecem infindáveis,
permanecem sombrias
Nesse quarto fechado,
o meu corpo estático
em tempo congelado
Passando pra alma a frieza,
contaminando o todo,
gerando tamanha tristeza
Por vezes perco a consciência,
e mergulho num abismo
tão absoluto em divergência.
O frio que trava a minha boca,
faz trincar a minha mente,
parece sempre tão oca.
Não há que se entender a loucura.
essa solidão que me envolve
é torpe essa eterna fissura.
Em mim ferve em ebulição,
gritante é meu pensamento,
somente nele está em ação
Discussão mental acalorada,
a minha essência contraditória
prossegue por fora calada
O meu espírito está trincado
sem forças, não se move
o meu corpo revoltado.
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