sábado, 31 de janeiro de 2009

A JANELA



Eis a janela
Traz um pouco do mundo
Permanecer por trás dela?
Idéia falsa de proteção
E o olhar avança através dela,
Árvores e postes,
Pássaros voando
Morteiros explodindo
Um minuto de silêncio
Barulho de carro passando...
Ouvir e enxergar tudo...sensações
E nessas grades, segurança de que?
De mim ou dos outros...
Mesmo com a janela aberta,
o corpo continua trancafiado.
E tão somente o pensamento se liberta,
Poder ir as nuvens,
alçar vôos numa pipa.
Parar e olhar para baixo.
tontear e sentir aquele imã
que te leva para o abismo.
E as grades te salvam,
Impedem o salto,
de chegar ao asfalto,
de repente a sorte,
não te levará a morte.
Desejar o céu,
e querer o chão
E o melhor é apenas
ter a visão do horizonte,
Ali ao longe,
onde poderia estar,
Alcançar o que não se pode ter,
ali onde o por-do-sol
traz a falsa sensação
de que toca na terra e se esconde
O distante dá forças
para transpor as grades
que impedem a saída da janela.

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