domingo, 21 de dezembro de 2008

DOM E SUA CERTEZA...



A desconfiança de Dom
o Casmurro apaixonado,
a dúvida que o envolvia
uma certeza seria.
Ela o traíra!
A sua visão torpe estaria
Somente o que via,
Era o olhar dissimulado
Capitu, sua amada
perfeita e dissimulada.
Ela o atiçava
e como o prendia
O ciúmes o enredava
Que sentimento?
Maldito ressentimento
que daquela mulher sentia
Ela que se tornara
A sua obsessão.
Um tormento de paixão!
Ah! O que Bentinho queria
ela só sua como na infância.
A velha lembrança do beijo
mas isso, não mais poderia
o egoísmo o cegara,
em loucura se transformara,
os fantasmas o dominara.
Aqueles olhos de ressaca,
os cabelos em trança,
envoltos na fita vermelha,
ele que a penteara,
aquela cigana oblíqua,
o penteado desmanchara,
a pureza que tempos depois
o seu amor matara.
A traição de Capitolina e Escobar
só em sua mente
se concretizava
O amigo a seduzira.
Ou o contrário seria?
A amada se fora.
E a certeza do adultério
para sempre o atormentaria.

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