terça-feira, 19 de junho de 2012

QUANDO A "VIAGEM" AMOROSA É UMA "BAD TRIP"

Sabe aquela sensação de já vi esse filme? Mas queremos assisti-lo mesmo sabendo que o final será infeliz, mas queremos ver pelo começo porque é arrasador, e assim embarcamos nessa viagem, a " bad trip". Inicia-se mais uma conquista que é sempre linda em conjunto do encantamento, a corte, os galanteios, as frases perfeitas, as promessas...até que vem a realidade. O momento em que a pessoa percebe que fisgou a presa significa que a tormenta irá começar, mas para somente um lado. Apaixone-se e entre na fantasia, na brincadeira e a partir daí torne-se o "brinquedo", e de um ser "humano" transforme-se em "objeto". Viver se escondendo nas sombras alimentando os desejos do outro para não perder a atenção dispensada. Então a tristeza começa a me acompanhar ficando maior do que a saudade já que a atenção é mendigada, assim como a presença rara, e a falta torna-se maior que tudo. E em seguida o ódio que sinto por mim vem a me dominar, a raiva de me apequenar por mísera atenção de alguém que não sente nada por mim. Vivo num enredo, num karma cíclico, onde sempre caio na mesma armadilha. O meu sexto sentido vem a dar sinais, mas como sempre acredito que há um mínimo fio de esperança, tento me esquecer dos sinais, mas eles estão lá, e não há como fugir...ele ao final da história mostrará que está certo. Sempre que sinto algo maior por alguém, quando a química e a física se encaixam, isso só acontece de um lado e desse modo tenho poucos momentos de felicidade, só no início. Parece que esse mundo não é o meu, comigo não pode acontecer sentimento mútuo, a reciprocidade. Sim, devo estar no lugar errado, no estado errado, no país errado, no continente errado, no planeta errado, na galáxia errada. Sou o quê? Deve haver algo de muito errado comigo, e não consigo entender. Talvez a minha sina seja a de viver solitária, ser uma missionária no mundo, uma eremita sei lá...e assim o meu coração estará em paz, sem dor, sem tristeza, sem desagrado, sem tormento, sem maldade, sem desprezo. Devo viajar? E me encontrar no Tibete (isolamento), em Paris (mergulhar no consumismo), ou então fazer o roteiro de "Comer, Rezar e Amar" passando pela Itália, Índia e Bali, indo em busca das delícias gastronômicas italianas, a paz espiritual indiana e talvez junto das belezas naturais balinesas conhecer um amor de verdade ou o mais provável tornar-me uma guru solitária.

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