domingo, 22 de junho de 2008

GRADES



Entre grades
me aprisiono.
Num mundo
de tormentos
me fecho,
não reajo.
Numa cela
em solitário
me entristeço,
me relaxo.
Na penumbra
me escondo,
me torturo.
Num pensamento
tão obscuro
me jogo,
me rasgo.
No profundo
me lanço,
me afundo,
Sinto-me
o tudo
que é o nada
no vazio
o oco que chora
e ecoa
no abismo,
onde ninguém
me ouve
nem ao menos
me vê,
impossível
me encontrar,
pois nem eu mesma
me vejo,
me cego
e me tranco.

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