terça-feira, 24 de junho de 2008

HOMEM SERTÃO



Braço do sertão
que esconde
a fraqueza,
a mão na enxada
busca a força
e arruma firmeza.
Miséria exposta
na terra castigada,
corpo acabado
no sol envelhecido,
semblante entristecido,
mas o sonho
no peito é carregado.
Filhos, de um país, esquecidos
por governantes malditos.
Pais desesperados,
descendentes desnutridos,
terra rachada
por ambição tomada
a chuva tão esperada
a água desviada
podridão desenfreada
submundo de pobreza
roubada toda riqueza
vidas se perdendo
o calvário crescendo
o homem forte
não desiste
continua na luta,
acredita e insiste
tenta matar a dor,
e a fome esquecer,
pede a Deus com clamor
Forças para mais um dia
Sobreviver
em busca
do que comer.

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