sábado, 5 de abril de 2014

A HORA DA DESPEDIDA

Não sei lidar muito bem com despedidas, desde pequeno fui acostumada a ver amigos partirem. Já não tenho mais contatos com os amigos da infância. Desde que me entendo por gente morei em casa  própria, e a garotada da vizinhança morava em casa alugada, além disso a maioria D as crianças da escola moravam nas casas da vila dos funcionários da Minerva/Guilherme Giorgi, pois os pais trabalhavam nas fábricas. E como o tempo foi passando essas fábricas acabaram demitindo os seus funcionários, e  devidos aos altos impostos na cidade acabarm indo para algumas cidades do interior que ofereciam incentivos fiscais.
E com isso acabei vendo a vila sendo demolida, pois as casas e os terrenos que pertenciam as fábricas foram vendidos para as construtoras, essa região que mora era um lugar de fábricas têxteis e por isso foi denominado Jardim Têxtil. 
Claro que na época, eu não tinha muita noção do siginificados dessas fábricas para a região, e só via as pessoas partirem e casas e prédios sendo construídos, mas hoje vejo o mal disso tudo, já que empregos no bairro que já eram poucos tornaram-se ainda mais escassos, além disso perdeu-se qualidade de vida porque as pessoas não se estressavam no trânsito para chegar ao trabalho, já que moravam ao lado.
Eu pude acompanhar as casinhas germinadas sendo demolidas, e junto com elas lembranças de amigos se foram, lugares onde brincava e fazia trabalhos de escola, tudo se foi sem que eu pudesse me despedir.
As minhas despedidas sempre ficam em aberto, sempre falta algo para dizer...como um vácuo

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