segunda-feira, 13 de maio de 2013

SOU O QUÊ?

Se eu reclamo de algumas coisas, sou a reclamona. Mas se eu não reclamar, sou aquela que diz "amém" a tudo.
Se eu elogio algo bom que o governo fez, então eu sou partidária, mas se eu faço uma crítica...sou a oposição. 
Se eu defendo um ponto de vista masculino, sou a machista. Mas se eu defendo os "direitos iguais" entre homens e mulheres, sou a feminista.
Se eu chamar uma mulher de vaca, sou a "falsa moralista".
Se eu defender o uso de roupas curtas e blá blá blá, sou a vadia.
Se eu disser que não ligo de comer um hot dog na praça, sou a "desesperada por marido".
Se eu disser que acho legal o homem levar a mulher para jantar num lugar bacana, sou a interesseira.
Se eu criticar o time pelo qual torço, sou a corneteira. Mas se eu elogiar o time, sou a cegueta.
Se eu achar um homem bonito, sou aquela que somente se interessa pela aparência. Mas se eu me interessar por alguém inteligente, sou a "sonsa" (algo errado tem aí...)
Se eu falar dos defeitos dos outros, sou aquela que não olha o próprio rabo. Mas se eu falar dos meus defeitos, sou a que faz a "humilde".
Se eu der a opinião sobre algo que achei errado, sou a "recalcada". Mas se eu elogiar alguém popular, sou a "bem amada".
Se eu não faço parte do grupo "pop" serei ignorada ou zoada. Mas se eu faço parte da "galere" serei a bajulada.
Sou o pior lado que enxergam em mim. Sempre ela: a necessidade de se ter "UM LADO" com a definição do BEM e do MAL, e como se todo presidiário fosse o capeta em forma de gente, e todo sacerdote religioso fosse um anjo vindo dos céus. E todas as vezes que vejo isso acontecer sempre me lembro das histórias do filme "Crash - No Limite", onde pessoas de diferentes classes sociais, culturas e etnias se vêem envolvidas em conflitos entre o bem e o mal, o preconceito, a crueldade, a generosidade e outros sentimentos que fazem parte do nosso cotidiano. Nesse filme somos capazes de odiar o policial racista, e depois admirá-lo por um salvamento que vindo dele pareceria ser impossível de acontecer.
É! Quando simpatizamos por alguém somente enxergamos as qualidades, e quando antipatizamos somente os defeitos são evidenciados. 
Somos rótulos? Rotulamos e somos rotulados de acordo com aquilo que nos convém? Somos adjetivos? Bons para uns e ruins para outros...devemos nos pesar numa balança para descobrir qual o lado que pesa mais?




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