terça-feira, 19 de março de 2013

POLÍTICA: OS SENHORES DA RAZÃO

Cada um de nós tem um pouco de "dono da razão", principalmente, quando queremos defender aquilo que julgamos certo, até aí tudo bem, mas o problema é nos tornarmos "cegos". Afinal de contas a perfeição está do lado em que eu me encontro. Epa?!
E quanto a política confesso-me apartidária, dessas que não anula o voto e escolho o candidato pelas propostas e por quem o cerca. Acho engraçado demais a minha timeline, no twitter, pois sigo extremistas do PSDB e do PT, e por vezes vejo que um, ou o outro está certo em algo que escreve, e fico feliz por conseguir discernir isso sem me influenciar por A ou B. E funciona assim nas redes sociais: se eu falar algo ruim do Governo Federal (PT) dependendo do assunto poderei ser chamada de reacionária, ou tucana, sei lá, e se eu falar algo ruim do Governo Estadual de São Paulo já serei a comuna hahahaha é tenso! Por isso, todas as vezes tento deixar bem claro que não sou do lado A e nem do B, e sou a favor do que é bem feito, pois se algo é bom para a população, irei elogiar seja qual for o partido. E acho que o grande problema das pessoas seguirem algo cegamente é que não conseguem, ou melhor não querem ver que o outro lado não é o demônio, assim como o seu lado não é o paraíso, a perfeição. Claro que todos têm o direito de escolher o lado que se sente melhor, e isso deve existir para a formação de ideologias, mas por qual motivo não admitir que todos têm algum tipo de falha? O defeito deve ser escondido.
Todos nós que temos um grau "maior" de estudo, e sabemos o que é influência e manipulação, temos a consciência de que os meios de comunicação não são totalmente imparciais, e tendem para um lado na política (oposição ou situação). Citarei o caso das redações corrigidas do Enem, onde eu fiquei revoltada com as notas, pois achei os erros absurdos, e muitos que trabalham na área de ensino ficaram chocados, entretanto, alguns acharam que essa notícia foi divulgada pela Globo para manipular a população contra o governo federal, o que pode até ser. E no dia seguinte sai no G1 uma pesquisa, informando: "aprovação do governo Dilma atinge recorde de 63, diz ibope". A emissora ou o que seja pode até tender para um lado, mas tem horas que dão forças demais ao demônio por só enxergar o lado político da coisa, e nesse caso em específico se esquecem do principal, o ensino! Pois ao ler aqueles erros nas redações, eu vejo as falhas na nossa educação como um todo. Sou nascida e criada em São Paulo, e ainda tive a sorte de ter um ensino público até que razoável (acertei a palavra, e não escrevi com "S"), pois tive bons professores e também havia repetência na época, para quem ía mal não havia moleza. Até que o governo do PSDB veio com esse novo método de ensino, onde o aluno passa de ano/série/grau mais "facilmente", parece-me que não há tantas exigências. E quando converso com algumas crianças e adolescentes sinto bem a diferença de ensino e do quanto mais eu sabia na idade deles, e acho triste demais, vergonhoso! O governo quer mostrar que todos estão na escola "alfabetizados" e motivados por não repetirem a série/ano, pois o legal é maquiar o ensino, e mostrar-se bem no ranking mundial da educação.
Daí vem o governo federal com as provas do Enem e persiste na continuação do erro. Convenhamos que errar palavras que pertencem ao nosso cotidiano, lidas em textos e livros vai um pouco além, e as explicações dos professores/corretores nas correções das provas foram ridículas. Gostaria muito de ver as correções das redações dos vestibulares na UNICAMP e na USP, será que seguem esse padrão Enem? E nas universidades federais?
Enquanto ficamos nesse joguinho político de quem quer "manchar" a imagem do governo A ou B, ou do partido tal...continuaremos com esse ensino, onde eu pergunto (no facebook) para uma adolescente quem proclamou a República do Brasil, e ela me responde Pedro Álvares Cabral, e ainda me manda um "tá çerto?".
Mas o meu lado é o certo, e o seu é o do demônio, e assim sou "o dono da razão". E continuamos na guerrinha de quem é o tal, o "governo perfeito".

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