segunda-feira, 18 de março de 2013

CASAL: QUANDO UM INVADE A PRIVACIDADE DO OUTRO

Somos um casal, mas devemos compartilhar tudo? Passar as nossas senhas de perfis nas redes sociais e dos nossos e-mails, deixar que abram as nossas cartas, verifiquem quem nos contatou por telefone, que leiam as nossas mensagens no celular e que fucem nosso diário? E como fica a nossa individualidade? Esse tema foi bem lembrado pela minha amiga Lorena ( @LohSEP ).
Temos por hábito ser curiosos, e se tivermos a chance de lermos algo porque está ali fácil de desvendar, talvez não deixemos passar essa chance, ou pode acontecer de vermos sem querer, como eu posso estar segurando o celular (que não é meu) e leio a mensagem que chegou na tela, assim não tem como hahaha só ficando cega. E se somos ciumentos e entramos facilmente em qualquer paranóia, torna-se bem complicado querer fuçar em tudo, pois o relacionamento irá se transformar num inferno e poderá ir por água abaixo em pouco tempo.
Todos nós, estando solteiros ou comprometidos, acabamos sempre levando uma cantada de alguém, principalmente nas redes sociais e cabe a cada um decidir como se livrar de tal pessoa, com educação ou não, e não é o(a) namorado(a), ou o(a) marido/esposa quem deverá tomar tal atitude. Qual a necessidade que ele tem de saber quem ficou me cantando ou me atormentando durante o dia? Eu não tenho que passar esse tipo de relatório, que aliás é bem chato! Mas tem quem queira saber e vai caçar pêlo em ovo por algo insignificante.
E aquele nosso diário? Isso é algo bem feminino, pois ainda não conheci homens que façam um. Quando adolescente tentei fazer, porém não consegui manter a escrita diária. E um diário é algo tão particular que ninguém tem o direito de abrir e ler, a não ser com autorização do autor, pois ali está praticamente tudo o que está em nossos pensamentos em nossas vidas, da coisa mais tola a mais absurda que alguém possa achar, ou histórias que só cabem a quem escreveu lembrar. Ah! Mas a tal curiosidade faz o parceiro ler e se espantar, revoltar-se e enciumar-se talvez à toa por algo que não tenha mais importância, uma história relatada lindamente na época, e que no momento é insignificante, mas o orgulho e o ciúmes o cegam, e ele não se vê como o errado que violou a privacidade de sua parceira, e lá vem a discussão desnecessária. Um exemplo bem clássico para quem leu o livro, ou assistiu o filme "O Diário de Bridget Jones", o qual aliás recomendo, onde algo acontece por conta do amado ter lido, "meio que sem querer", um trecho do diário da Bridget.
Mas sei também que nessas "investigações" pode-se descobrir o que não se quer, tudo é possível! Daí parto do principio: se eu tenho que ficar tentando descobrir coisas da outra pessoa, então algo errado tem aí, e se essa insegurança e desconfiança são constantes, talvez o ideal seja jogar limpo, e não entrar na paranóia invasiva. A pessoa pode entrar numa piração, onde ao ler qualquer coisa já começa a enxergar um outro sentido, e somos terríveis nisso, temos o dom de criarmos monstros.
Então por que invadirmos um espaço que é só do outro? Somos um casal, mas antes disso somos indivíduos e cada um deve saber o que deve compartilhar com o outro. Eu não preciso saber de todos os detalhes do passado de outros relacionamentos de quem eu amo, algumas coisas é bom saber, porém não precisamos cultivar isso, a mim isso soa como desenterrar um defunto hahahaha e desculpa, quero distância dos defuntos!
Uma espiadinha ou o desenterro do passado dependendo da situação poderá ser fatal. Se a espiada aconteceu ao acaso e ficar aquela névoa na mente, o melhor é tentar conversar e já esclarecer o fato.

Um comentário:

Lóh disse...

Fantástico!! É bem isso mesmo.Essa invasão de privacidade, essa mania de acharmos ou de o outro achar que somos/são proprietários, essa triste infantilidade de distribuir senhas das redes sociais...isso não é ser sincero ou aberto. É ser imbecil #prontoFalei. Ninguem é dono do outro, ninguem tem o direito de controlar o outro.